ESTUDO
HOME OFFICE
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O HOME OFFICE NOS COMENTÁRIOS DOS BRASILEIROS
ORBITREPORT

Outubro 2020
by
QUAL É A PERCEPÇÃO SOBRE O HOME OFFICE
NAS CONVERSAS DOS BRASILEIROS?
Para responder esta pergunta, nós analisamos 4.798 comentários de perfis brasileiros que mencionaram o termo "Home Office". no Twitter Instagram, Facebook e comentários de portais de notícias, entre 1 de Janeiro e 1 de Outubro de 2020.
Esta analise resultou na identificação de 76 opiniões diferentes sobre o tema, que expressaram como o Home Office é percebido pelos comentários de brasileiros nas redes, e como esta percepção evoluiu ao longo dos meses de pandemia da COVID-19.
As análises que fomentaram este resumo, bem como a metodologia e critérios utilizados no estudo, estão disponíveis no relatório completo da pesquisa, que que foi publicada neste link.
No mais, lhe convidamos, a partir de agora, a observar conosco como o home office foi visto pelos brasileiros em 2020, como esta percepção variou ao longo das fases da pandemia, e quais são os comentários sobre este método de trabalho nos dias de hoje.
Seja bem-vindo!
MAIORIA PREFERE HOME OFFICE PELA COMODIDADE
PRINCIPAIS OPINIÕES NEGATIVAS ENVOLVEM AUMENTO DA JORNADA
No primeiro gráfico do resumo apresentamos os atributos positivos, negativos e neutros mais falados sobre o Home Office em todo o recorte temporal da pesquisa (01/1/20 a 01/10/20).
Os dados revelam que, no consolidado do ano, o Home Office é elogiado em 51% das conversas nas redes e criticado em 39,8% das vezes, enquanto comentários neutros representam pouco mais de 9% da amostra.
Ao clicar nas abas "Positivos", "Negativos e "Neutros, e interagir com os dados, o gráfico revela
que a comodidade é o principal atributo positivo mencionado sobre o Home Office. Nesta categoria destacam-se opiniões como "Fico mais à vontade", "Trabalho com a roupa que eu quero" e "Tenho tempo para outras atividades".
Já pelo lado negativo, além dos comentários genéricos contemplados na categoria "Entendimento", o aumento na jornada de trabalho compõe a principal categoria de críticas ao trabalho remoto, com destaque às opiniões "Tenho que trabalhar mais" e "Tenho de estar disponível o dia todo".
Gráfico 1 - Opiniões sobre o Home Office no consolidado de 2020
EVOLUÇÃO DAS CONVERSAS SUGEREM 4 FASES DO HOME OFFICE:
O PRÉ-IMPACTO, O IMPACTO, A ADAPTAÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO
O segundo gráfico do resumo revela a evolução das opiniões sobre o Home Office ao longo de 2020.
Nele, destacamos quatro macro-fenômenos sobre o tema: I) A predominância de comentários positivos até a pandemia da COVID-19, que levou grande parte dos trabalhos a se tornarem remotos em Março 2020, II) O crescimento dos comentários positivos "Queria que meu trabalho fosse Home Office" no impacto da pandemia, em Março 2020, III) A consolidação das críticas ao aumento da jornada de trabalho e às dores nas costas e no corpo, a partir de Abril 2020, e IV) O crescimento da polarização expressa nas tags "Quero voltar a trabalhar presencialmente" e "Não quero voltar para o escritório" a partir de Agosto 2020.
Por meio destes 4 fenômenos e de outras descobertas abordadas na pesquisa, chamamos estes períodos de "As quatro fases do Home Office" em 2020, cujas etapas dividem-se em: I) Fase 1 - O "Pré-Impacto" - Representada pelos meses de Janeiro e Fevereiro; II) Fase 2 - "O Impacto" da pandemia - Representada no mês de Março; III) Fase 3 - "A Adaptação"ao Home Office - Representada entre os meses de Abril e Julho, e IV) Fase 4 - "A Consolidação" do Home Office - Representada pelos meses de Agosto e Setembro, quando passa-se a discutir mais recorrentemente nas redes a continuidade ou não do trabalho remoto em diferentes cargos.
Aperte o "Play" no gráfico abaixo para acompanhar esta evolução.
Gráfico 2 - Evolução das opiniões sobre o Home Office em 2020
FASE 1 - O PRÉ-IMPACTO DA PANDEMIA
QUANDO O HOME OFFICE AINDA ERA AMPLAMENTE ELOGIADO
O gráfico abaixo apresenta o que se falava positiva e negativamente sobre o Home Office em Janeiro e Fevereiro de 2020.
Naquele momento, o Home Office era elogiado em 71,3% das conversas nas redes, tenho como principais características positivas atributos relacionados à comodidade, como "Fico mais à vontade", "Trabalho com a roupa que quero" e "Tenho tempo para outras atividades".
A minoria do público que criticava o Home Office (26,4%) reclamava majoritariamente da distração proporcionada por ele, com destaque às tags "É fácil
de distrair", "Barulhos externos me atrapalham" e "Minha família não entende que estou fazendo Home Office", que tiveram maior protagonismo neste periodo.
Na pesquisa, abordamos que este era um periodo em que muitas das pessoas que trabalhavam de Home Office o faziam porque haviam optado por este método, o que naturalmente impactava em sua visão positiva. Já as críticas demonstravam que os familiares ainda estavam pouco adaptados a este tipo de trabalho, o que viria a ser forçosamente alterado com o impacto da pandemia.
Gráfico 3 - Opiniões sobre o Home Office na fase de Pré-Impacto
FASE 2 - O IMPACTO DA PANDEMIA
QUANDO AS CRÍTICAS AO HOME OFFICE CRESCEM
O gráfico seguinte ilustra a segunda fase do Home Office em 2020, que chamamos de fase do "Impacto", representada pelo mês de Março.
Naquele mês de impacto da pandemia, crescem as críticas sobre o Home Office (38,5%, contra 26,4% no início do ano) puxado sobretudo pelos comentários que reclamavam do aumento na jornada de trabalho imposta pelo trabalho remoto.
Na pesquisa, uma das evidências que os comentários sugerem para este fenômeno foi que, além do trabalho convencional que já faziam no escritório, as
pessoas se acumularam com o trabalho imposto pela pandemia e pela adaptação do Home Office, levando o público a ter uma percepção generalizada de que trabalhava mais em Home Office do que no escritório.
Já entre os comentários positivos, o grande destaque nesta fase foi a tag "Queria que meu trabalho fosse Home Office", expressada na maioria das vezes no contexto sanitário da COVID-19. Esta opinião reflete tanto as pessoas cujos trabalhos não podem ser feitos em Home Office, como profissionais da saude, quanto pessoas que já temiam a pandemia da COVID-19 no início de Março, e viam no Home Office a forma mais segura para continuar trabalhando.
Gráfico 4 - Opiniões sobre o Home Office na fase de Impacto
FASE 3 - A ADAPTAÇÃO
QUANDO A PERCEPÇÃO SOBRE O HOME OFFICE SE TORNA NEGATIVA
A fase de "Adaptação" do Home Office, representada no estudo pelos meses de Abril, Maio e Junho 2020, é quando a percepção sobre o Home Office atinge seu auge de comentários negativos.
Puxada sobretudo pelas críticas ao aumento da jornada de trabalho, que continuou crescendo desde Março, e pelo crescimento de questões relacionadas à saúde, como "Fiquei com dor nas costas" e "Fiquei com dores do corpo", as críticas ao Home Office ultrapassam os elogios nas redes, com 50,5% de opiniões negativas e 45% positivas. Na pesquisa, chamamos a atenção para os relatos de que muitas casas não estavam preparadas para o Home Office, e
que a ausência de políticas de adaptação por parte de muitas empresas vieram a acarretar problemas preocupantes de saúde dos funcionários, como estes, apenas meses depois do impacto da pandemia.
Pelo lado dos comentários positivos, este periodo também foi o auge de tags como "Fico mais à vontade", "Ouço música enquanto trabalho", "Trabalho com a roupa que quero" e "Tenho tempo para outras atividades" demonstrando que a adaptação também foi positiva para uma parcela que não estava acostumada com o trabalho remoto antes da pandemia da COVID-19.
Gráfico 5 - Opiniões sobre o Home Office na fase de Adaptação
FASE 4 - A CONSOLIDAÇÃO
QUANDO A VOLTA AO ESCRITÓRIO FICA POLARIZADA
A fase de "Consolidação" do Home Office, representada na pesquisa pelos meses de Julho, Agosto e Setembro, é quando a discussão em torno da volta ao trabalho presencial se torna polarizada nas redes.
Neste momento a imagem do Home Office volta a se tornar majoritariamente positiva, com 51% de elogios contra 43% de críticas. Estes elogios foram puxados sobretudo pelo crescimento de opiniões como "Não quero voltar ao escritório", "Sinto falta do Home Office e "Queria que meu trabalho fosse para sempre Home Office", que explicamos na pesquisa, a partir
da leitura dos comentários, que também parecem refletir uma parcela do público que reclamou do Home Office na fase de adaptação, mas que sentiu falta dele assim que voltou a trabalhar presencialmente.
Os comentários críticos seguiram um caminho semelhante nesta fase, com o crescimento das tags "Sinto falta da interação do escritório" e "Quero voltar a trabalhar presencialmente". Naquele momento, as conversas ficaram polarizadas entre a volta ou não ao trabalho presencial, com ligeira preferência (51% vs 43%) a não voltar ao escritório.
Gráfico 6 - Opiniões sobre o Home Office na fase de Consolidação
CLUSTERS DE COMENTÁRIOS
OS 8 GRUPOS QUE RESUMEM O SENTIMENTO SOBRE O HOME OFFICE
Na última seção de análises, a pesquisa ainda investigou os clusters de comentários sobre o Home Office nas redes, que se formam a partir do conjunto de opiniões que são manifestadas pelas mesmas pessoas nas redes.
Ao todo, o grafo sugeriu a formação de 8 clusters de comentários, exatamente 4 para cada lado positivo e
negativo ao Home Office.
Na pesquisa, cada um destes clusters é investigado e exemplificado. Os resultados desta análise contribuem para compreensão do conjunto de motivos que levam o público a criticar ou elogiar o Home Office em suas conversas nas redes, que podem ser investigados ao passar o mouse ou clicar nas bolhas do grafo abaixo.
Gráfico 7 - Grafo de comentários sobre o Home Office
Imagem 1- Clusters encontrados de comentários sobre o Home Office

HOME OFFICE:
COMODIDADE, FLEXIBILIDADE E MOBILIDADE PARA QUEM GOSTA;
CUIDADOS, ESTRUTURA E FOCO PARA QUEM NÃO GOSTA.
Diante das fases do Home Office e dos clusters de comentários encontrados, uma das principais conclusões da pesquisa foi direcionada às empresas que se encontram em dúvidas sobre a volta ao trabalho presencial.
Conforme abordado na análise de fases, a pesquisa revelou que a visão do público é praticamente dividida, com ligeira preferência pelo Home Office justamente no momento em que muitas empresas voltaram a trabalhar presencialmente. Mais importante do que o sentimento, no entanto, são os motivos, que nos permitiram identificar algumas sugestões a serem recomendadas aos empregadores.
Para as empresas que darão aos colaboradores o poder de escolha sobre a manutenção do Home Office, os dados sugerem que deve-se esperar que as pessoas que optarem por ele deverão priorizar a comodidade, flexibilidade e mobilidade oferecidas pelo trabalho remoto. Uma grande parte deste público nunca havia trabalhado remotamente antes, e quando se deparou com a possibilidade de trabalhar com a roupa que quisesse, consumindo sua mídia preferida, com flexibilidade de local e horário, e sem precisar gastar horas no deslocamento ao escritório, este mesmo público passou a ser um entusiasta do trabalho remoto nas conversas de redes sociais.
Já o colaboradores que optarem pela volta ao escritório deverão o fazer por sentirem que trabalham mais no Home Office (e que, muitas vezes, se sentem sobrecarregados), por acharem que se distraem mais
em casa, por sentirem que a falta de estrutura em casa lhes causou stress e dores no corpo, e por sentirem falta da interação com os colegas de escritório.
Estas descobertas também acendem um alerta às empresas que manterão o Home Office definitivo. A elas, sugerimos a consideração de ações que proporcionem maior interação entre colegas sem que isso faça com que trabalhem mais, uma vez que o aumento de jornada é uma crítica recorrente ao Home Office. Sugerimos também que priorizem políticas que garantam que a estrutura que os colaboradores terão em casa seja a mais próxima possível à do escritório, para diminuir o perigoso risco expresso por comentários que relataram dores nas costas e no corpo, stress causado por problemas com computador e internet, e até o desenvolvimento de doenças psicológicas pelo acúmulo de trabalho.
Nossa sugestão final e mais importante, no entanto, é que as empresas ouçam seus colaboradores. Os dados revelaram que as pessoas têm muito à falar sobre seus trabalhos e o Home Office, e que estas opiniões estão em constante evolução.
Em uma era em que as novas gerações estão cada vez mais acostumadas com a personalização de produtos e serviços, ouvir as pessoas e encontrar o ponto ótimo entre seus interesses e os interesses das empresas é o que garantirá que se sintam mais representadas e, consequentemente, mais admiradas e motivadas com as empresas em que trabalham.
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